Acabei de tirar o meu e quero muito registrar esse momento!

Não para ser polêmica, nem para polarizar e sim para poder refletir e pensar…

Descobri um mioma em meados de 2006 quando morava em Salvador na Bahia e desde lá acompanhei anualmente a situação.

Os médicos que eu consultei sempre tiveram a preocupação em me dizer para tirar o mioma pois, se eu engravidasse, não daria certo a gestação. Como eu não queria engravidar fui acompanhando e tentando alguns tratamentos.

No início foi a acupuntura com homeopatia que ajudou a segurar o crescimento do mioma, mas depois de um tempo o tratamento estacionou.

O uso de pílulas anticoncepcionais não funcionou pois aumentava consideravelmente o sangramento.

Entre ciclos longos, doloridos e alguns outros sintomas segui assim até 2020, ano que o mioma aumentou muito e outros sintomas e desconfortos vieram associados.

Optei pela cirurgia por aceitar que agora a tal da gravidez não seria o problema e sim a possível fraqueza do assoalho pélvico, a compressão da bexiga que pode levar à sua queda, o desconforto na relação sexual e o “peso morto”.

Isso mesmo! Um peso desnecessário de ser carregado. Uma pressão constante que também pode ser resolvida!

Sempre que me lembro falo sobre o “Princípio da Correspondência” e nesse caso também se aplica: ganhei uma bolsa linda e rapidamente fui transferir as coisas da antiga para ela. Para minha surpresa, ao menos 500 gramas de peso morto eu estava carregando. Coisas sem utilidade alguma que nem sabia por que estavam lá.

Na mesma hora pensei em meu útero carregando o mioma… pra quê ficar carregando o que não uso? Pra quê carregar peso extra?

Pesquisei bastante a metafísica do órgão ao longo desses anos e posso garantir que dou vazão à minha criatividade, adoro criar!

Que podemos “armazenar” nele nossas inseguranças, medos, traumas, eu concordo. Tenho pensado muito sobre o amor próprio e se a falta dele pode “residir” no útero, mas, que todo o poder feminino venha dele não concordo.

Nunca fui adepta do “sagrado feminino”, também não me considero uma mulher tão feminina assim. Quase nunca uso saia e vestido e delicadeza não é o meu forte! Claro que aqui estou falando sobre algumas facetas do poder feminino.

Participei de uma consagração do ventre antes de tirar o útero para viver essa experiência e poder desenvolver uma ideia melhor sobre tudo isso.

Não acredito que o poder de uma mulher venha do seu útero.

Acho que os ovários, como glândulas endócrinas relacionadas a kundalini podem ter um papel até maior, mas, mesmo assim.

Acredito que somos mais que nossos aparelhos reprodutores! Somos o conjunto de toda a matéria e toda energia envolvida em nossa criação, manutenção e funcionamento.

Mesmo que um órgão ou uma parte do nosso corpo seja retirada, sua energia permanece. A foto kirlian já comprovou isso nos reinos animais, vegetais e humanos.

A maneira como percebemos, sentimos, entendemos e aceitamos ou não o que quer que estejamos vivendo manifesta-se em nosso corpo físico impreterivelmente.

Compreender que passamos por experiências que podem nos fazer encontrar o que há de melhor em nós parece ser uma boa ideia!

Mulheres diferentes apresentam as mesmas patologias. Se tem filhos ou não, se são casadas, solteiras, viúvas ou divorciadas. Se sustentam a casa ou se são herdeiras.

Pobres, ricas, burras, inteligentes…

Caso você passe por essa questão de precisar fazer uma cirurgia de remoção do útero devido a mioma e não esteja pronta saiba que existem poucos médicos que aplicam um tratamento a base de uma injeção que pode diminuir o tamanho do mioma e evitar a cirurgia. Eu mesma só soube disso depois.

A decisão da cirurgia já havia sido tomada quando considerei os problemas futuros e com a história da bolsa nova.

Hoje posso garantir que não carrego mais um peso morto e não me sinto menos mulher sem ele!