Sempre que dou aula sobre o quadril falo sobre ser a área correspondente ao jogo de cintura que temos na vida.

Essa região chamada CINTURA PÉLVICA é a região que distribui o peso do corpo e a força que a gravidade exerce sobre nós da cabeça aos pés.

Se a coluna vertebral estiver desalinhada, o quadril vai sofrer as consequências. Se os músculos abdominais estiverem fracos, o quadril vai sofrer as consequências. Se os músculos posteriores dos membros inferiores estiverem encurtados, o quadril vai sofrer as consequências. Para saber se seus músculos posteriores estão encurtados tente colocar as mãos, ou a ponta dos dedos, no chão sem dobrar os joelhos!

Por ser a área de transição entre a parte alta e a parte baixa do nosso corpo, o quadril sempre sofre as consequências.

Em relação a metafísica fica mais fácil compreender que:

PARTE ALTA DO CORPO – CÉU – YANG – FUTURO

PARTE BAIXA DO CORPO – TERRA – YIN – PASSADO

Logo o quadril pode representar o PRESENTE, o AGORA.

Para viver o momento presente é necessário jogo de cintura para que as situações passadas e futuras estejam em harmonia. Ficar preso no passado ou excessivamente preocupado com o futuro atrapalha o agora.

Passamos pelo período da Contagem do Ômer (processo de 49 dias de transformação) e em uma das meditações propostas citaram uma história onde um homem que atravessava uma ponte de madeiras e cordas ora precisava jogar o peso para um lado e ora precisava pender para o lado oposto para continuar seguindo em frente.

Esse é o jogo de cintura que falo!

Nem sempre pendemos para o lado certo. Quando tudo flui de uma forma harmônica, tranquila e feliz, pendemos para o lado certo. Quando erramos na escolha, pendemos para o lado errado da ponte.

Aí o ciático pode doer pois ele passa pelo nosso quadril. Uma artrose pode aparecer. Uma tendinite pode ser um alerta que você não está praticando o jogo de cintura. Pense sobre o exemplo da ponte e, se achar que vale a pena, mude sua atitude e melhore da tendinite!

Nosso sistema musculoesquelético é o próprio exemplo de como as coisas funcionam: se usamos mais a parte da frente do corpo, a parte posterior fica fraca e aparecem os desequilíbrios (dor, desconforto, inflamação); se usamos mais o lado direito do corpo, ele pode “reclamar” mais que o esquerdo e assim vai…

Legal mesmo é poder aplicar essa análise nas atividades do dia a dia:

  • Estou praticando o jogo de cintura em todas as áreas da minha vida?
  • Qual setor ou emoção percebo que essa atitude de jogo de cintura é mais difícil?
  • Estou trabalhando muito e me divertindo pouco? Melhor balancear isso.
  • Pratico atividades físicas o suficiente ou fico mais sedentário?
  • Escuto meus colegas de trabalho e meus familiares?
  • Sou capaz de reconhecer que eu mesmo estou pendendo para um só lado da ponte e vou virar?

Para que possa seguir em frente é necessário parar, pender para o outro lado, equilibrar e ir!

E se for preciso vale até fazer aula de dança para aprender a ter jogo de cintura nessa vida!

Ponderar se estamos tendo o jogo de cintura necessário em nossas vidas pode ser mais uma ferramenta para atingirmos o tão sonhado caminho do meio!