Visitei recentemente uma cidade chamada Bueno Brandão. Conhecida como “Terra das Cachoeiras” fica na divisa do estado de São Paulo com Minas Gerais. Além das cachoeiras lindas o que me chamou a atenção foi a simplicidade da cidade e das pessoas!

Tão perto de São Paulo e tão interior de Minas. Independente dos estados envolvidos o que é uma delícia mesmo é a vida mais simples.

Você anda pelas ruas e as pessoas se cumprimentam. Os vizinhos se conhecem e os que moram longe se apoiam.

Tem vaca e trator na rua e queijo feito no quintal de casa.

Um dos motivos desse texto foi a Adriana que produz um queijo maravilhoso e totalmente artesanal. Ela é um pouco menor que eu (sou baixinha) e quase que a agarrei de tanta vontade de abraçá-la!

Sou dessas pessoas que pega nas pessoas enquanto fala e para demonstrar meus sentimentos. Não é à toa que trabalho com terapia corporal.

A conversa boa, a vida simples, a interação com a natureza, a alegria no trabalho, tudo junto em um só lugar e em pessoas como a Adriana.

Tenho pensado muito sobre esse tema e constatado que quanto mais simples a vida mais simples os problemas, dores de cabeça mais simples, menos complicações.

Não estou dizendo que não existem desafios em uma vida simples, estou dizendo que uma forma de vida mais conectada com a natureza e com as pessoas permite encontrar maior clareza e imparcialidade para resolver as situações.

Veja só como é comum nas cidades pequenas e na zona rural as pessoas se reunirem em cooperativas e associações para apoiar uns aos outros para todos conseguirem se manter e crescer.

O que torna a volta à cidade algo mais impactante…

Além da mancha cinza e densa de poluição que se avista ao longe na estrada, o comportamento das pessoas no trânsito que não parece nada colaborativo e a alta conectividade tecnológica comparada à baixa conectividade com a natureza.

Pessoas cada vez mais perdidas e desmotivadas e muitos dos nossos jovens com medo de viver…

Não precisamos de outro susto para acordar, não é? Somos tão inteligentes e criativos! Sabemos o quanto somos capazes de aprender.

Podemos encontrar a medida entre pobreza e riqueza, sustento e acúmulo, necessidade e desejo.

Aceitação, resignação, propósito, comunhão, generosidade, amorosidade e empatia. Coisas simples para uma vida simples.

Parece tão simples, mas às vezes não é.

Quando se trata de crenças e valores, dogmas e postulados é preciso ser perseverante e confiante.

Observar o comportamento das diferentes gerações tem me ajudado a entender assim: é preciso ter um propósito que seja maior que ganhar dinheiro e ser feliz; é fundamental interagir com a natureza e com as pessoas para ter sanidade física e mental; buscar a conexão com o mundo divino através do mundo físico na forma de pensar, sentir e agir.

Se essa puder ser a “cartilha” da vida simples, saudável, próspera e feliz será muito bom para todos nós!