Costumo dizer nas aulas que ansiedade é a falta de habilidade de viver o momento presente. Não estamos no aqui, no agora… Levamos nossa mente para o passado ou projetamos nossa mente no futuro.

Os sintomas de transtorno de ansiedade vão além do campo psicológico e podem refletir também no físico, causando diferentes reações no corpo, como: boca seca, respiração acelerada, braços dormentes, náuseas e diarreia, problemas digestivos, calafrios, suor e tremores, taquicardia e dores no peito, sensação de falta de ar, tontura, tensão muscular, insônia ou medo constante.

Todo mundo já ouviu falar sobre crise de ansiedade e desde os anos 2000 ouvimos que é o mal do século.

A primeira descrição de ansiedade como uma disfunção da atividade mental data do início do século XIX. Augustin-Jacob Landré-Beuvais, em 1813, descreveu a ansiedade como uma síndrome composta por aspectos emocionais e por reações fisiológicas. Em 1844, Jean Baptiste Félix Descurate relacionou ansiedade com as enfermidades em seu livro – A medicina das paixões. Em 1850, foi descrito pela primeira vez, por Otto Domrich, o que se denomina hoje transtorno de pânico. Em 1871, Jacob Mendez da Costa relatou novos casos de pânico, atribuindo-lhe o nome de “síndrome do coração irritável”. Já em 1880, Karl Westphal descreveu os sintomas presentes em fobias específicas e no transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Fato é que todo ser humano já sentiu ou vai sentir ansiedade ao menos uma vez na vida. A ansiedade é uma emoção comum, que todos experimentamos em algum momento. Desde a espera pela resposta de uma entrevista de emprego até a expectativa por uma notícia (boa ou ruim), várias situações podem levar nosso organismo a ficar alerta e gerar a sensação de ansiedade.

Por outro lado, quando esse sentimento se manifesta de forma aguda e começa a atrapalhar atividades corriqueiras, é possível que o indivíduo esteja atravessando uma crise de ansiedade.

Fisiologicamente nosso cérebro fica em um estado de alerta e isso estimula a produção de adrenalina pelas nossas glândulas supra- renais. A adrenalina navega pela nossa corrente sanguínea e estimula a contração dos nossos músculos. Os esqueléticos (os que compõem o nosso corpo) ficam rígidos, contraídos e os músculos lisos (que compõem nossos órgãos, vísceras e vasos) ficam desregulados.

A frequência cardíaca aumenta, a famosa taquicardia, a frequência respiratória também. O suor aparece e a boca seca…

Partindo do ponto que todos sentem, é necessário considerar as situações de acordo com cada pessoa e situação e também vale a pena lembrar que quem quer empatia pratica empatia.

A proposta desse texto é elucidar uma situação que é antiga e não por isso deixa de ser atual.

Considerar a ansiedade um desequilíbrio do ser humano pode nos unir em busca da solução. Vamos todos praticar os passos mais simples e acessíveis: respirar fundo, espreguiçar o corpo, esvaziar a mente e beber água.

Nos dedicar a viver o momento presente e ver no que dá! Ajudar a pessoa ao lado a se sentir amparada e compreendida, como todos queremos sentir.

A ansiedade e a Medicina Tradicional Chinesa

Quanto maior nosso estado de alerta e nosso medo, maior a rigidez muscular que comprime (aperta) nossos nervos e vasos sanguíneos e linfáticos, menor a oferta de oxigênio para nossas células e menor a nossa vitalidade.

O elemento água cuida da emoção medo e em excesso pode apodrecer a madeira e apagar o fogo resultando na rigidez muscular e todas as suas consequências cardíacas e circulatórias.

Podemos cuidar do elemento terra que tudo estabiliza e transforma!

Cuidar da alimentação, fazer as práticas de respiração e exercícios que tragam flexibilidade podem ser aliados no combate a ansiedade excessiva.

A terra ajuda a água a se acalmar, a madeira perde o excesso de água e ganha força, os músculos relaxam e liberam os nervos e vasos, o oxigênio chega para as células e, como somos feitos de milhares delas, o corpo todo funciona melhor e mais feliz!

Essas informações nos ajudam a chegar nessa compreensão: entender os sinais e saber o quê fazer com os sintomas nos torna cada vez mais aptos a estabilizar e transformar a crise de ansiedade em algo conhecido e “controlável”.

Ansiedade e terapia

Como terapeuta integrativa que sou devo dizer que existem diversas ferramentas que nos oferecem o suporte necessário nessa busca, mas, a psicoterapia bem aplicada é um dos principais passos para um caminho bem sucedido e com maior amparo.

Das massagens todas podem ajudar, tem que experimentar para saber o efeito em seu próprio corpo, da relaxante ao shiatsu cada manobra aplicada oferece ao corpo todo condições de se restabelecer.

Reflexologia, auriculoterapia, aromaterapia, dança, música, arteterapia! Recursos não nos faltam, é só praticar.

Das terapias vibracionais e energéticas posso citar barras de access, homeostase quântica vibracional, biorressonância, além do tradicional e sempre querido reiki.

Mas é bom lembrar que respirar fundo, espreguiçar o corpo, esvaziar a mente e beber água são os passos mais simples que todos nós podemos fazer.

E encarar a ansiedade do jeito que ela é: um estado de espírito que nos pertence e que pode nos ajudar a viver melhor o agora.